Há dias assim…

Não sou muito deste tipo de coisas, mas algum dia tinha que acontecer e parece que hoje é o dia!
Preciso mesmo de escrever um pequeno desabafo sobre um assunto que me anda a atormentar já há alguns dias… aposto que muitos de vocês têm este mesmo problema e tentam não pensar nele.

Gostava de saber como é possível, neste mundo redondo (segundo o que dizem) e muito estranho, as pessoas nos estarem sempre a surpreender… umas pela positiva, mas a maioria passa mesmo a vida a desiludir-nos! Como é possível que as pessoas, aparentem gostar de desiludir e desprezar outras, que por sinal se preocupam e estão sempre dispostas a ajudar. E o que mais me mete impressão é que, a maioria das vezes, quem nos desilude são aqueles amigos que nós sempre achámos os maiores e que nos iam “proteger” de tudo e todos, aqueles que diziam sempre “podes contar sempre comigo”, aqueles que passavam muito tempo connosco…

Pois, afinal não é bem assim… ou se calhar o problema é meu, que me apego às pessoas demasiado rápido sem as conhecer bem, depois levo com desprezo e bocas menos boas, que se calhar, até funcionavam melhor ao contrário. Não sou uma pessoa de falar por trás nem de julgar sem saber as razões para as coisas acontecerem, o problema é quando damos todos os sinais que as coisas não estão bem e os outros ou não percebem, ou não querem perceber… Ou quando nos apercebemos que, somos usados e só se lembram que existimos quando precisam de nós a sério ou querem armar-se um bocadinho em espertos.

Afecta-me bastante, até demais, estar chateada ou triste com um amigo muito próximo… E como sempre, tento esquecer; tento não ligar; tento continuar a falar e a rir quando estou perto dele/a… mas há dias que já não dá para esconder mais a revolta que se vai acumulando ao longo de algum tempo e hoje foi um desses dias!… Em que cheguei ao ponto de não parar para um “olá” ou uma conversa, para uma brincadeira ou um sorriso, para falar… e custou-me! Custou-me muito, mas talvez tenha sido melhor assim, ou talvez não… simplesmente retribui na mesma moeda, ou talvez tenha sido um bocadinho pior. O que é certo é que vai continuar a acontecer aos poucos e poucos apesar de não ser isso que eu quero. Só gostava que não tivesse que ser assim e que tudo voltasse ao normal… que os abraços, as conversas e as brincadeiras voltassem a fazer parte nosso dia a dia e que nada nem ninguém conseguisse destruir a amizade, aquela amizade.